Por Andrew Santos.

A IMAGEM DA BALADA.

Fotógrafa, empreendedora e junglist de plantão, Tati Piassentini bateu um papo com o nosso Portal. Ela nos contou algumas passagens de sua trajetória, influências e as adversidades da profissão. Confira abaixo.


Andrew: Tati, é um prazer ter você aqui em nosso Portal. Conte-nos um pouco sobre sua história, sua formação e seus projetos.

Tati: Tenho 30 anos e sou formada em Desenho Industrial. Além disso sou designer e na minha graduação eu descobri a paixão que tenho pela fotografia. Meu início foi com uma câmera caseira, mas logo ganhei uma câmera com mais recursos e iniciei o curso técnico, além de fazer minhas primeiras fotos em clubs de São Paulo.

Andrew: E o Drumnbass, onde entra nisso tudo? Como você o descobriu, quais suas ligações com o estilo e o que você tem ouvido ultimamente?

Tati: Eu frequentava clubs como Over Night, SoundFactory, Warrior, Broadway, entre outros. Descobri que a música eletrônica até hoje faz parte de mim, é algo que gosto. As ligações com o drumnbass foram acontecendo naturalmente, através dos amigos e das festas. Não é surpresa para ninguém, eu adoro sons com vocais e melodias. Bem "de menina" mesmo. Também gosto de MPB, Jazz, Soul, Sambarock, DeepHouse... Mas se é pra falar de drumnbass, atualmente tenho ouvido Calibre, Makoto as produções nacionais (adoro), e por aí vai. Se cai nos ouvidos e eu gosto, ouço com frequência!

Foto tirada pela fotógrafa Tati Piassentini na festa Forbass & Tendence com David Boomah - 07/07/2013

Andrew: Fotografar é uma responsabilidade e tanto, trabalhar com os mais variados sentimentos (levando em conta o seu também), situações e a diversidade entre pessoas. Como é lidar com esse tipo de trabalho, principalmente na noite?

Tati: Fotografar clubs e trabalhar na noite é transmitir o momento que as pessoas estão sentido, não é uma tarefa fácil. Apertar o botão até a minha mãe aperta, difícil é criar imagens do momento, com emoção, com tesão e tal... Pelo menos é o que eu tento fazer. Essa coisa de sentimento é complicada, tanto do fotógrafo quanto do fotografado. Se ambos não estão na mesma sintonia, pode ser até o Henry Cartier Bresson (1908-2004, pai do fotojornalismo e uma das maiores referências da fotografia) que não rola um bom click. Para cada ocasião existe uma reação.
Sempre rola uma situação engraçada com os "mais alterados", e também me acostumei em receber não quando pergunto se posso fotografar a pessoa.
Também rola a brincadeira de pedir foto para um fotógrafo, que é como pedir música para DJ... (risos)



Foto tirada na festa Flavour
Andrew: Seu compromisso é levar o máximo de qualidade e colocar também um pouco da sua visão para tal momento. Com a rapidez da informação, como é lidar com seu trabalho e comparar à uma foto tirada por um smartphone e já postada em redes sociais, por exemplo? Você acha que isso prejudica ou favorece o seu trabalho?

Tati: Não me preocupo com clicks feitos por celulares em festas. A rapidez da tecnologia está aí para isso e acho que a proposta é essa mesmo. Temos 02 objetivos na verdade: Quem foi à festa pode ver a foto e relembrar do momento clicado. Quem não foi, pode sentir o que “perdeu” e querer estar na próxima festa.
Só me sinto prejudicada quando pessoas assumem a responsabilidade de clicar uma festa sem ter preparo e conhecimento, o que desvaloriza a profissão. Nos eventos que faço, tenho a obrigação de ter um bom equipamento para fazer fotos de qualidade. O diferencial está na prática e no olhar, para cada festa fazer fotos únicas com o máximo de informação possível.


Andrew: E quais foram os melhores momentos do seu trabalho no drumnbass? Aquele de você chegar em casa, ligar a câmera e o sorriso vir automaticamente... Cite alguns!

Tati: Cada festa feita é uma emoção diferente, ao descarregar as fotos no computador. Posso citar alguns:
Dj Patife @ Quark Club em junho de 2011, na festa Together, clicks do começo da minha carreira como fotografa.
ZiriguiDrum com Fernanda Porto @ Mary Pop – junho de 2012, casa cheia, vários amigos e lindos clicks, adorei!
EcoLife @ Tatos Bar - abril de 2013, super bacana – nervosa até porque é uma responsa registrar vários DJ´s em um evento daquele porte. Mas deu tudo certo e as fotos foram um sucesso.
Liquid V Sessions com Bryan Gee @ MonoClub - março de 2014, tive oportunidade de rever pessoas de várias épocas, sem esquecer dos clicks lindos e coloridos.
Tiveram vários outros, como Purgatorium90, Lab Club, além de edições das festas Dj Mau Mau&Friends e Back2TheDates. Cada um com a sua importância, porém todos incríveis!


Andrew: Fale um pouco sobre seu lado empreendedor: além de fotógrafa e junglist, você tem uma marca de acessórios - a Madah!.
Pensa em atuar no mercado da música também?


Tati: A Madah! é a minha marca de acessórios – como bolsas, bags, sacolas, entre outros. Penso em fazer uma linha de produtos relacionados a musica, pois acho que tem um público legal para essa ideia. Infelizmente o que me falta é tempo, mas podem ficar tranquilos que em breve terei novidades. Estou estudando a ideia e observando com outros olhos a cena d&b para colocar em prática algumas peças, seja de vestuário como também acessórios. Quem quiser conhecer é só dar um click em: http://www.facebook.com/madah.bolsaseacessorios

Como todo entrevistado que passa pelo site, mostre seu bom gosto musical no seu TOP 5 e deixe suas considerações finais.

1 - Jamiroquai - Too Young To Die (Rowpieces Remix)


2 - Amy Steele - Eyes On You (SpectraSoul Remix)


3 - Makoto feat. Deeizm - Find A Way


4 - Boosta&Atmos T - All My Love (ft. Nicole)


5 - David Boomah&Serum - Why They Wanna


Obrigado pela oportunidade e agradeço também às pessoas que admiram o meu trabalho através da imagem, transmitindo mensagens e emoções.

Para saber mais de Tati Piassentini, acessem:

http://pt.wix.com/tatianepiassentini

http://www.facebook.com/madah.bolsaseacessorios

Contato: tatip.fotografia@gmail.com

Confira as fotos feitas pela Tati Piassentini da festa FORBASS & TENDENCE realizada no dia 28/02/2014 na Trackers.