Por Drumnbass.com.br

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Dunk é o nome do momento na boca de toda cena Drum & Bass, e agora com o recém lançamento do EP "Lost Tribe" pela C.I.A. composto por quatro faixas repletas de enigmas.

Há poucos meses o nome de Neto Garcia, mais conhecido no Drum & Bass como Dunk, começou a ser ventilado nos charts especializados dos maiores sites de Drum & Bass no mundo.

Aproveitamos o momento borbulhante e repleto de novidades para conversar com Dunk e trazer alguns detalhes de sua meteórica carreira musical.

1º - Começamos a entrevista com um tema polêmico, mas que todos ou fãs de Jam Thieves tem se perguntado. A Dupla (projeto) Jam Thieves acabou?

Dunk: A dupla, sim, acabou. O projeto Jam Thieves não. Em qualquer relacionamento, seja profissional, pessoal ou familiar, acontecem desgastes e incompatibilidade de ideias. Além disso, já tem um tempo que eu estou passando por transformações na minha vida, principalmente de dentro para fora, que me exigiram e ainda exigem algumas escolhas e sair do Jam foi uma delas.

2º - Em que momento você decidiu trilhar a carreira solo?

Dunk: Como eu disse, as coisas na minha vida tem se transformado de uns anos para cá. A decisão de seguir sozinho foi oficialmente tomada em 2020, mas a ideia surgiu há mais de um ano, quando viajei sozinho para Londres. Sabe a expressão “virar a chave”? Enquanto eu estava sozinho pude pensar muito e me ouvir mais, me reconhecer e me cobrar. Passei a me desafiar e ver aonde era capaz de chegar, então resolvi seguir sozinho.

3º - Neto, você acredita que o projeto Dunk poderá abrir novas portas ou pretende seguir a linha sonora idealizada pelo projeto Jam Thieves?

Dunk: Eu estou trabalhando com vários labels que jamais poderia imaginar e sei que isso é fruto de novas portas, com certeza. Tenho máximo respeito pelo Jam e por tudo que eu produzi e trabalhei lá, mas agora o Dunk segue outra trilha.

4º - Até o momento, a visibilidade de Dunk tem se mostrado forte e consistente. Você acredita que isso é devido ao fato de ter mostrado uma recente maturidade técnica e musical?

Dunk: Sem dúvida. Em todo esse meu processo, sozinho, voltei um pouco no tempo e escutei o meu trabalho de antes, fazendo uma forma de analise e ate uma autocritica. Para mim, a maturidade veio com a mudança de dentro para fora, pois só melhorou minha sensibilidade musical. Produzir, para mim, é sentir antes de tudo. Acredito que isso tem feito ás coisas darem certo.

5º - Muito se fala da importância de ter uma vivencia internacional, poder acompanhar de perto a cena Drum & Bass em sua manjedoura. O que mudou para você em suas visitas a Inglaterra em termos de processo e aprimoramento artístico?

Dunk: O Drum & Bass me fez chegar a lugares que nunca imaginei se não fosse a música talvez não conseguisse. E não digo somente pelos países em si, pelos “passeios”, mas sim pelo contato com a galera, pela troca de energia. Cada ida, cada festa, e cada um que eu vi dançando o meu som só me estimulou e encorajou para seguir em frente. Com certeza, ter vivido e sentido de perto tudo isso me fez chegar até aqui e me levara ainda muito mais longe.

6º - Temos visto alguns collabs interessantes que você tem participado. O que está por vir? Você poderia antecipar algo para o público?

Dunk: Tem muito lançamento para vir. Eu adoro Collabs e infelizmente era uma coisa que eu não podia fazer na época que o Jam Thieves estava na Playaz. Hoje eu tenho liberdade para fazer musicas com quem eu quiser e eu fico muito feliz com as experiências que podem ser trocadas. Tem muita novidade vindo ai, não vai demorar.

7º - Atualmente, temos visto lançamentos por selos de muita relevância no cenário mundial como Dispatch, Sofa Sound, Chronic e agora com sua estreia na CIA Records, como é trabalhar com marcas tão importantes e qual o desafio que você visualiza tendo alcançado e esse patamar?

Dunk: Eu confesso que não sou uma pessoa muito fácil de se contentar com as coisas e sinceramente eu não sei se isso é um defeito ou não. Eu estou muito feliz com os labels e tenham certeza que nada que eu diga vai conseguir descrever o quanto, mas eu não vou parar. Produzir já é um desafio, a cena musical é um desafio constante, então eu só posso agradecer por tudo que estou conseguindo até agora e dizer que vai vir muito mais por aí.

8º - Agora, trilhando um horizonte, qual é a meta musical e profissional de Dunk?

Dunk: Algumas metas eu já ate conquistei, só não posso contar ainda (hahaha), mas tenho o objetivo de atingir vários públicos, de levar som de qualidade para galera e ser reconhecido por isso. Faço meu trabalho com muito empenho e carinho - então acredito que no final, minhas metas se tornam consequências.

Confiram a playlist criada por Dunk no Spotify para o selo Dispatch Recordings.