Por Drumnbass.com.br

Texto por Raphael Vellani Jr.

A seguir quero descrever um pouco do que pude ver, sentir e viver no Sun and Bass 2015. Darei destaques a pontos que para mim, foram os marcos do festival esse ano, focando nos brasileiros e em momentos fortes da semana.

A Viagem.

Sobre o primeiro dia o que tenho a dizer é que foi uma viagem tranquila, porém, cansativa. Sair de São Paulo na sexta 16:30, chegar em Munique 9:30 (horario local), esperar 5 horas no aeroporto, pegar o voo para Olbia, chegar em Olbia as 17:00h. E é a partir daí que eu quero começar a tentar descrever o que eu vi, senti e vivi. Ao chegar no aeroporto de Olbia, todo aquele cansaço da viagem parece que desapareceu por conta do que comecei a ver já ali. Pessoas com braceletes dos anos anteriores já super animadas. Motoristas com placas escritas “Sun and Bass" (para Djs e convidados).

O sol as 17:30h parecendo sol das 14:00h. Toda a atmosfera que envolve esse evento já é presente no Aeroporto. Segui em busca de como ir para San Teodoro, até que achei a Fabiana Tibério, que já havia ido nos anos anteriores. Pegamos o ônibus e em 20 minutos estávamos no vilarejo, que por uma semana se torna algo inexplicável!

San Teodoro é um vilarejo, bem cidadezinha de praia mesmo, ótimos restaurantes, muitos hoteis, pousadas e casas de aluguel por temporada, feiras artesanais, artistas de rua e por aí vai. Algo bem pequeno e bem bonito. Primeira caminhada por San Teodoro, primeiro contato com o Sun and Bass. Uma hora depois de chegar ao hotel eu já estava saindo para curtir a primeira noite. Fui caminhando pelo vilarejo e no caminho, claro, todo aquele clima, pessoas passando ouvindo drum and bass, carros tocando drum and bass, restaurantes com drum and bass no som ambiente...

Até que cheguei ao Ambra Day, onde estavam todos reunidos e também chegando. Ali senti uma energia boa, por onde olhava as pessoas estavam sorrindo, dançando. O Som era nem tão alto, nem tão baixo, estava na medida! Você dançava com gosto se quisesse e conversava de boa se quisesse. Ali encontrei grandes amigos aqui do Brasil e já comecei a me sentir em casa.

Na rua do Ambra Day estava rolando uma feirinha artesanal bem legal para a mulherada, bem clima de vilarejo mesmo, com artistas de rua, barraquinhas de comida e tudo mais. Quando o relógio marcou 23:30 fomos para o Ripping, onde estavam fazendo o check in (para quem não havia conseguido fazer mais cedo no Hotel Al Faro, que era meu caso). Pegamos uma fila básica, fizemos o Check in tranquilamente e entramos no Club para a primeira madrugada de Sun and Bass. Este ano não tivemos festas no lendário Ambra Night, fecharam o local por conta de uns problemas. Chegou a abrir depois do Sun and Bass mas eu já tinha ido embora (terei que voltar ano que vem para conhecer, poxa! rs).

Com isso as festas das madrugadas passaram a ser no Ripping club, lugar muito bacana, um ótimo espaço, um ótimo soundsystem (nas duas pistas). A primeira noite é algo que, pra quem nunca foi, deixa a pessoa sem reação com tudo aquilo, sabe? TUDO, cada detalhe. O contato fácil com os artistas, o público do mundo todo ali, falando a mesma língua, todos ali pelo mesmo motivo, o soundsystem sensacional, a cultura diferenciada..enfim, tudo. Tivemos na primeira noite nomes como Patife, Bailey, Krust, Grooverider, Bcee, Jenna G, isso pra quem não está acostumado é algo surreal!! E era só o começo.

A bagunça dos brasileiros.

No domingo a tarde tivemos a festa do Patife, a chamada The "Brazilian Reunion" uma tarde com Djs brasileiros fazendo a festa na praia de La cinta, ali começamos a perceber o amor que as pessoas de fora tem por nós (brasileiros). Em uma tarde sem muito sol, porém, linda, os djs: Ms2, Anderson Lima, Mario André, David Ws, Chap, Level 2, Beto Dog Face, Unreal e é claro, Dj Patife, fizeram La Cinta virar um pedacinho do Brasil por algumas horas, com Mr Cleveland Watikiss no microfone e com direito a bandeira do Brasil exposta para todos.
E Pra finalizar ainda tivemos Bryan Gee fazendo a bagunça final do dia. Quero dar destaque a aquela tarde, pois foi algo maravilhoso ver nossos djs comandarem uma tarde toda no maior evento de drum and bass do mundo, foi lindo! Ao anoitecer dei uma passada para conhecer o Bal Harbour, que lugar é aquele?!!!

Um restaurante lindo, uma piscina linda, tudo sensacional, Makoto estava fazendo um set de disco music, bem fino! Em outros dias tivemos sets incríveis lá, dando destaque para o b2b de Die & Krust que fizeram um set cheio de influências. Sem falar nos dias de sol naquele lugar! A noite dos brasileiros tivemos na segunda feira na noite do S.P.Y no Ripping. No line up estavam Unreal, High Contrast, S.P.Y, Big T e Level 2. Nos vocais: La Meduza, Stamina e Lowqui, eu só tenho uma coisa a dizer: ARREGAÇARAM!
Ao final, pela segunda vez, lá estava a bandeira do Brasil exposta para a pista do Sun and Bass com o público indo a loucura, (detalhe: na outra pista acontecia a noite do DBridge. Passei por lá algumas vezes, rolava aquele drum and bass mais sério, mais deep, uma delícia, porém, a pista do S.P.Y era a da noite).

Nu tone & Logistics.

Quero deixar um breve comentário sobre a tarde desses 2 na praia. Fui caminhando sentido o mar, fui indo, indo. Quando estava lá longe, dentro do mar, depois de mergulhar, olhei para a praia e vi aquilo lotado, o sol se pondo, set dos 2 com Stamina nos vocais, acho que foi o momento mais "Brisa" que tive.

DJ Marky.

Do Marky só falo duas coisas: As duas vezes que ele tocou (a noite dele no Ripping e no dia seguinte na praia) foram as vezes que vi os locais mais cheios. Na quarta feira durante o dia teve o Secret Location, a organização do evento indicou os onibus e quem quisesse ir era só reservar o lugar e ir. Eu não aguentei, passei o dia no hotel.

Devo falar algo sobre a noite que teve Calibre, Intalex, LSB etc..??

MC Fats.

Quero falar agora sobre o que foi o ponto alto do Sun and Bass 2015. Ver Mc Fats de volta com tudo foi emocionante. Eu deveria escrever um texto enorme aqui sobre ele, cheguei a pensar nisso, mas acho que "emocionante" é a palavra. Para finalizar o resumo das festas, os Lives que aconteceram no Ambra Day sábado a noite, DRS e Jenna G acompanhados de suas respectivas bandas, foram sensacionais.

Considerações finais.

Olha, prefiro falar em duas partes. Primeiro sobre o local, que é um lugar lindo, uma ilha, uma vilarejo lindo, praias maravilhosas.
Segundo, sobre o evento, o que tenho a dizer é: quem não foi, vá! Sei que o cambio está cada dia mais complicado, mas quero dizer que, com planejamento, da para ir sim.

Estou a disposição para tirar dúvidas e ajudar quem estiver pensando em ir. Vale cada centavo gasto!

É UM SONHO!

Confira abaixo as fotos do festival: